Os métodos ágeis estão ganhando muita força, não só pelas empresas desenvolvedoras de softwares, mas também por orgãos reconhecidos e respeitados. Um dos exemplos que podemos citar é o lançamento da certificação PMI-ACP ( PMI Agile Certified Practioner ), concedida pelo Instituto de Gerenciamento de Projeto ( PMI ). Essa certificação é indicada para àqueles que utilizam práticas ágeis em seus projetos. Como dito em seu site, essa certificação foi criada para reconhecer e validar o conhecimento dessa nova maneira de desenvolver projetos. Além do  PMI, o IIBA, Instituto Internacional de Análise de Negócio, apresentou uma parceria com a aliança ágil com a finalidade de publicar um documento sobre o papel do Analista de negócio no desenvolvimento ágil. E é sobre essa parceira que iremos tratar ao longo deste post.

Em novembro de 2011, o IIBA liberou a público uma versão do que será a extensão ágil do guia BABoK. O BABoK, para quem não o conhece, é um guia de boas práticas e técnicas que são sugeridas aos analistas de negócio. Atualmente ele se encontra na versão 2.0 e há rumores que a versão 3.0 sairá ainda este ano. Essa extensão foi criada em parceria com a Aliança ágil e busca adequar os processos de trabalho aos métodos ágeis emergentes. Vamos começar falando sobre o que faz um Analista de Negócio e depois falaremos sobre seu papel no Scrum.

O analista de negócio possui papel fundamental para o sucesso de um projeto de software. Seu objetivo é entender como o cliente trabalha e descobrir em quais pontos a TI deverá apoiar. Ele é responsável por compreender as necessidades dos negócios e ajudar a mapear soluções que atendam as expectativas dos stakeholders. Sua busca é pelo alinhamento estratégico que a área de TI deve ter. Para um analista de negócio, é importante conhecer os objetivos que a empresa quer alcançar, descrever um plano que envolva a TI  de como esse objetivo vai ser atingido e monitorar e avaliar se a meta está sendo atingida.

No contexto do Scrum, não existe um papel pré-definido para o Analista de negócio. No entanto, como já vimos em outros posts, Scrum é um framework e não uma norma. A recomendação da extensão ágil do BABoK é que o processo de análise de negócio ocorra em paralelo com o processo de desenvolvimento do produto. Na medida que o produto vai sendo feito, o Analista deve trabalhar com a análise de requisitos, o alinhamento da solução com o problema e a validação do que foi entregue para gerar novos histórias a serem desenvolvidas, como na figura abaixo, retirada do documento em questão. Apesar do guia não indicar nenhum papel para esse Analista, pela minha experiência, indicaria uma posição em que ele pudesse apoiar o Product Owner ( PO ) na descrição e criação dos itens do Product Backlog. No caso mais extremo, o Analista poderia entrar até mesmo como o próprio PO do projeto.

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Espero que ao final deste post muitas dúvidas tenham sido esclarecidas e que você tenha aproveitado bastante a leitura. Se por acaso ainda tiver dúvidas ou algum conceito não ficou muito claro, deixe seu comentário abaixo e poderemos discutir mais sobre o assunto! Até a próxima!