A gerência de riscos é uma atividade importante a ser realizada no decorrer de um projeto. Ela tem o objetivo de manter o controle sobre possíveis entraves que possam ameaçar a boa execução deste. Além disso, é imperativa a sua realização para alcançar o nível de maturidade de processos G e C do MPS-BR (Melhoria de Processos de Software Brasileiro) e 3 do CMMI (Capability Maturity Model Integration).
Em projetos tradicionais, a Gerência de Riscos segue um processo de identificação, análise, desenvolvimento de respostas e monitoramento dos riscos. Estas atividades são realizadas antes do início do desenvolvimento e revisadas, posteriormente, em marcos pré-definidos do projeto. Todo o processo é documentado formalmente e comunicado às partes interessadas no gerenciamento dos riscos.
O SCRUM não fala explicitamente sobre um processo formal de Gerência de Riscos, mas é possível realizá-lo sem sacrificar a agilidade desta metodologia. Sendo assim, ele pode ser realizado de maneira orgânica ou evidente. No primeiro caso, os riscos são identificados naturalmente, frutos de reuniões diárias, plannings ou revisões. No segundo caso, basta incluir a realização desta atividade, explicitamente, na pauta de alguma cerimônia do SCRUM. Seja qual for o caso, após a identificação, é necessário realizar as demais atividades do processo.
Uma boa prática é a manutenção de um quadro de riscos. A idéia por trás deste é de funcionar como o quadro de tarefas do SCRUM, porém dividido em três partes: mitigar, aceitar e evitar, que são as categorias básicas de respostas aos riscos.
- Evitar um risco é a ação de eliminar a causa deste inviabilizando a sua ocorrência (ex: mudança de estratégia de projeto).
- Mitigação de um risco é a suavização das consequências, ou a diminuição da probabilidade de um risco por meio de um plano de mitigação (ex: compra de um seguro).
- Aceitação de um risco é a ação de simplesmente aceitar suas consequências, podendo haver ou não um plano de contingência para o caso deste ocorrer.
A medida que os riscos vão sendo identificados, eles vão sendo adicionados ao quadro, de acordo com o modo de gerenciamento escolhido para os mesmos. O mais importante é que o quadro esteja acessível para as partes interessadas e responsáveis pelo gerenciamento dos riscos.
Referência: Relating PMBOK Practices to AGile Practices
Este quadro não atende efetivamente a área de processo Gerência de Risco e nem do CMMI 2.0.
É necessários avaliar o risco com relação a impacto e probabilidade para definir e priorizar o monitoramento e a mitigação.
Um bom exemplo é aplicar o Planning Poker também na análise do risco.
Muito Boa, sua indagação., parabens
Informações excelentes!
Levando em consideração a utilização do MPS.br e a necessidade de registrarmos as evidencias mesmo sendo com o Scrum, como vocês sugerem registrarmos estas informações de risco? Apenas como tarefas no quadro do próximo Sprint? Ou alguma ferramenta específica para tal controle?
Desde já Obrigado!