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Anteriormente, em dois outros posts meus (Responsabilidades da Equipe e do Designer em uma Sprint de Design e Como lidar com o design no Scrum?), discutimos sobre como fica a participação da equipe de design em projetos que estão iniciando, quais as responsabilidades do designer e da equipe de desenvolvimento com o designer. Foram levantadas várias questões interessantes e por isso resolvi escrever novamente. Recentemente um novo projeto teve início aqui na empresa e por isso achei importante dividir com vocês.

Falamos sobre a importância de um bom planejamento por parte dos envolvidos no projeto: os Stakeholders, desenvolvedores, PO, Scrum Master, o Market, todos devem estar alinhados para que não haja contradições. Quando houver a reunião de planejamento junto ao designer, é muito importante haver clareza, sem redundâncias, para que o designer saiba exatamente o que construir, para que seja uma interface transparente e amigável para o usuário.

Em alguns casos os projetos tem um arquétipo sólido que traduz de forma precisa os casos de uso, as iterações dos usuários, e esse arcabouço é ótimo para o designer. Entretanto muitas vezes não existem Wireframes, arcabouços, nem protótipos arquiteturais ou nada que deixe claro como devem ser as telas da aplicação.

Neste cenário fica complicado fazer a Sprint zero como sugeri em meus outros posts. Para quem não se recorda, neste caso, a Sprint de design começa antes da Sprint da equipe de desenvolvimento antecipando as telas, de forma que, quando a equipe começar a implementação eles já tenham em mãos os artefatos definitivos para construção das interfaces.

Recentemente aqui na empresa, foi iniciado um novo projeto, e não havia uma descrição visual dos casos de uso, não haviam Wireframes ou Protótipos. O que a equipe de desenvolvimento fez foi criar uma interface provisória e avançaram boa parte da aplicação com esta interface. Quando eles me passaram como deveria ser a interface da aplicação, eles já sabiam exatamente quais eram as telas, qual tipo de usuário que utilizaria a aplicação e todos os requisitos já estavam claros.

Neste caso, funcionou muito bem. Foi feito um protótipo para as telas e a equipe de desenvolvimento só precisaria aplicar o novo design. Mas cada caso é um caso, como em projetos Scrum, estamos sempre em movimento, nem sempre isso funcionaria, se os requisitos mudassem totalmente por exemplo, o protótipo (como ele foi construído todo de uma vez, e não em pequenas partes) se perderia, ou ao menos parte dele. Mas para o projeto em questão deu certo. 

E para vocês, como tem funcionado? Compartilhem com a gente.