A Programação em Par é definida por Williams e Kessler como um estilo de programação no qual dois programadores trabalham lado a lado em um computador, continuamente colaborando no mesmo design, algoritmo, código e teste.
Quando um programador desenvolve em par, ele conta com a presença de outro desenvolvedor que faz uma inspeção imediata de todo o código que é produzido. Como o olho humano tem uma tendência de ver o que ele espera ver, esta inspeção imediata é uma oportunidade de identificar problemas cedo. Rotina que reflete na redução de incidências de bugs no projeto.
O ideal em uma programação em par é estabelecer um rodízio onde as duplas são constantemente trocadas. Essa prática favorece ao aprendizado e compartilhamento de informação dos desenvolvedores, além de que, em geral, duas pessoas pensando sobre um mesmo problema conseguem criar soluções e cenários mais simples e eficazes.
Essa troca constante de informações contribui com a robustez da equipe, pois com a grande troca de conhecimentos a perda de um membro da equipe tem os seus impactos amenizados.
Existe um termo chamado Peer Pressure, que pode ser traduzido como Pressão do Par. Este termo foi criado para representar a responsabilidade compartilhada com a outra pessoa. Williams e Kessler afirmam que esta “pressão” faz com que o desenvolvedor trabalhe com mais dedicação e atenção porque não quer decepcionar o seu parceiro. Ou seja, a programação em par também ajuda a recuperar um tempo que seria improdutivo, pois evita momentos de distração e o famoso “ih, deu branco!”.
Por fim, a programação em par também torna o trabalho muito mais divertido e facilita a comunicação entre todos da equipe. Isso com certeza é um benefício, pois tudo o que é feito com alegria e afinco tende a ser mais produtivo e gerar melhores resultados.
Referências: Williams e Kessler