O ser humano lida com muitas incertezas. A cada passo dado ele é capaz de enxergar algo novo, e o que foi visto pode ser um defeito. Não se pode alterar o que não se vê, por isso é recomendável dividir um projeto em pequenas partes, para assim facilitar a análise de seus detalhes. A equipe Scrum deve manter uma constante atualização das informações de um projeto, e esclarecer as dúvidas e mal entendidos para que as previsões, as metas e as estatísticas não se afastem da realidade.
A transparência é um dos três pilares do Scrum. O compromisso com a honestidade torna possível uma reflexão da equipe no que se refere a sua posição e suas responsabilidades no projeto. A relação de confiança desenvolvida com o Product Owner é baseada na interação e colaboração entre a equipe, ao invés de rigidez e individualismos.
Há as Reuniões Diárias para avaliação do progresso das tarefas em relação às metas definidas. Tendo a conversa como base de relacionamento entre equipe e PO, para eventuais esclarecimentos, é possível notar a satisfação dos mesmos num ambiente de trabalho mais humano.
Ao longo de uma sprint a equipe sabe o quanto consegue produzir em razão da sua velocidade média, que foi calculada com base nos resultados de sprints anteriores. Cada história aprovada é dividida em tarefas, que vão sendo concluídas durante a sprint. Caso haja impedimentos, eles são identificados e resolvidos. Com isso torna-se possível enxergar a intensidade do esforço feito pela equipe.
O Scrum Master não intervém diretamente no trabalho que está sendo realizado. Ele é responsável por garantir o uso do Scrum. Além de proteger o time de interferências externas, ele precisa remover os impedimentos que foram claramente sinalizados pela equipe.
Na Reunião de Revisão, o Product Owner avalia se cada história está “pronta” de fato e se a meta da sprint foi ou não foi alcançada, de acordo com o que foi previamente definido pelo próprio PO. As vezes a meta não é alcançada por falta de clareza nessas definições. O subentendido não faz parte dos conceitos do Scrum. Daí a necessidade de esclarecimento de todos os aspectos que definem o que é uma história “pronta” (ex.: modelo implementado, teste unitário e de sistema, documentação mínima, entre outros) e da meta da sprint (ex.: criar uma versão em inglês da ferramenta ScrumHalf, permitir a integração com redes sociais).
É preciso reconhecer os pontos fracos e assumir uma postura de mudança. Muitos indivíduos são arrastados pela correnteza, sem ter idéia do que está por vir. Que força é essa que te move? É a mesma do ousado, que nada contra a correnteza? Não. Na posição de alunos da vida, sempre há algo novo, obscuro dentro de nós. A transparência permite que a luz transpasse e clareie nossa mente. Só assim pode-se lapidar a estrutura de uma empresa, de um lar, de nós mesmos… Cada um opta pelo seu caminho, mas certas escolhas desgastam mais o indivíduo. Escutar quem já tem experiência é sempre uma boa escolha, mas a juventude está ai, cheia de energia e novas ideias que irão revolucionar o mundo. Mas apesar de pensar o contrário, ela também está cheia de defeitos, assim como cada um de nós.
Ao invés de esperar a mudança no outro, é preciso olhar para dentro de sí. Reconhecer quais são seus pontos fracos, com honestidade. Já atento às próprias dificuldades, é hora de agir para reverter esse quadro. O compromisso com a verdade tornará tudo mais simples, objetivo e transparente. Na vida e nos projetos. Bom Scrum!