Olá pessoal, recentemente o Felipe publicou um post sobre Prototipação e sua experiência com tal prática. Lendo seu post fiquei com a seguinte dúvida: “Será que podemos considerar o MVP um tipo de protótipo?”
Baseado nisso, irei hoje discutir sobre a relação de MVP (Minimum Valuable Product) com prototipação. Será que são a mesma coisa? São diferentes? É essa pergunta que pretendo responder no final do post.
Inicialmente, precisamos definir o que é um MVP. Segundo Eric Ries, MVP é a:
“Versão de um novo produto que permite a equipe coletar a quantidade máxima de aprendizagem validadas sobre clientes com o mínimo esforço.”
O seu objetivo é testar hipóteses de negócios fundamentais e ajudar os empreendedores a começarem o processo de aprendizagem o mais rápido possível.
Por outro lado, segundo Pressman, podemos definir protótipos como:
“Uma representação de um pedaço de um software que é criada para validar algum conceito ou testar alguma alterantiva tecnológica.”
Ainda, os protótipos podem ser descartáveis (após sua criação a validação é feita e os mesmos são descartados) ou evolucionários (o software é criado tendo o protótipo como base).
Após essas definições, analisando-as, podemos perceber semelhanças. Ambas indicam que o produto desenvolvido não é o produto final, indicam que é um produto que possui um conjunto de funcionalidades mínimo para realizar algum tipo de validação sobre o mesmo. Ainda, essa a ambos indicam que o software final pode ser desenvolvido a partir desse conjunto inicial de funcionalidades.
Entretanto, também existem diferenças. Enquanto que o MVP indica que o software construído possui algo de valor para o cliente, quando falamos de protótipos podemos desenvolver apenas funcionalidades que necessitam de alguma validação, mas não necessariamente são as de mais valor para o usuário. Ainda, com o protótipo descartável, o que é desenvolvido obrigatoriamente é descartado, outra prática que não faz parte da criação de um MVP. Por fim, com protótipos podemos avaliar não apenas funcionalidades, mas também outras características do software, como o desempenho do mesmo, novas tecnologias, etc.
Finalizando, na minha opinião, podemos denominar o MVP como um tipo de prototipação evolucionária, onde um conjunto mínimo de requisitos é construído a fim de testar a viabilidade do software. Entretanto, a recíproca não é verdadeira, como foi dito, um protótipo evolucionário é muito mais que um MVP.
E você concorda? Discorda? Muito pelo contrário? Deixe sua opinião sobre o assunto. Até a próxima.