Assim como as formigas na foto de Yanuar Akbar nosso mundo está sempre mudando e devemos constantemente nos adaptar a estas mudanças. É uma constante da sociedade estar transitando entre mundos, pois as inovações sempre impactaram na forma como nos relacionamos, comunicamos e comercializamos. De acordo com Klaus Schwab, no livro 4a Revolução Industrial, estamos exatamente neste momento de transição para um mundo mais veloz e complexo onde as novas tecnologias nos permitem criar outras ainda mais capazes de facilitar a nossa vida.
Para se manterem competitivos, países e empresas devem estar na fronteira da inovação. As inovações baseadas em redução de custo tem baixo ganho se comparadas as inovações para entregar produtos e serviços de forma diferenciada.
“Uma coisa é certa para os países desenvolvidos e provavelmente para o mundo inteiro: enfrentamos longos anos de profundas mudanças. Estas não são primordialmente econômicas, ou mesmo tecnológicas. São mudanças em demografia, política, na sociedade, em filosofia e, acima de tudo, na visão de mundo. Mas algumas coisas são certas: por exemplo, é inútil tentar ignorar as mudanças e fingir que o amanhã será como ontem.” – Peter Drucker
Conforme Adam Grant, PhD em psicologia organizacional, precisamos de muitas idéias ruins para ter algumas boas, ou seja, precisamos de colaboração para que surjam idéias que possam solucionar os problemas complexos que temos que enfrentar. Em função disso passamos a ver a inovação não mais dentro dos departamento de P&D, mas sim de qualquer fonte. E passamos também a colaborar mais com outras empresas e pessoas gerando novos negócios que antes não eram explorados. Para Henry Chesbrough, no livro Open Innovation, saímos do modelo de inovação fechada para o modelo de inovação aberta.
“Muitas empresas morrem não porque elas fazem coisas erradas, mas porque elas continuam a fazer o que costumava a ser a coisa certa por muito mais tempo…” – Yves Doz – Professor of Technological Innovation – INSEAD
Segundo Tomas Friendman, no livro The World is Flat, as plataformas colaborativas permitiram a sociedade evoluir da globalização 2.0, onde as empresas passaram a comercializar em todo mundo, para o 3.0 onde os indivíduos passaram a globalizar seu trabalho. Vemos cada dia mais pessoas trabalhando remotamente em projetos pelo mundo todo. As hierarquias vem sendo confrontadas de baixo para cima ou estão transformando elas mesmas em organizações mais horizontais e colaborativas. Os negócios serão organizados gradativamente em times distribuídos e coletivos dinâmicos, com uma contínua troca de dados e percepções das questões do trabalho (Klaus Schwab). Neste mundo novo os times tem autonomia para avaliar os resultados e tomar decisões de como melhorar.
De acordo com o Cynefin Framework, nos problemas complexos não temos uma relação de causa e efeito, e a solução é encontrada a partir de um ciclo de tentativas e avaliações, onde as falhas são uma forma de aprendizado para definir os caminhos que não devemos seguir.
Os métodos ágeis, como o Scrum, vieram para nos ajudar a lidar com os desafios desse mundo complexo, veloz e inovador. A partir de suas atividades, como: reuniões de retrospectiva e diárias, os desafios são avaliados em conjunto onde podem surgir diversas idéias inovadoras; ciclos curtos, produto pronto e funcionando a cada ciclo, e que pode ser avaliado pelo cliente nos ajudam a tratar a complexidade e a velocidade.
Na imagem podemos ver os métodos ágeis aplicados na etapa de construção do processo de avaliação construir-medir-aprender criado Eric Ries no livro The Lean Startup. Para Ries, diversas técnicas devem ser aplicadas visando reduzir o tempo do ciclo. Teresa Amabile, psicóloga de Harvard que estuda criatividade e inovação, diz que a entrega com ciclos curtos e contínuos é uma característica fundamental para a motivação. Teresa chama isso de pequenas vitórias e está na percepção de progresso tanto para quem recebe como para quem produz.
Ah! Aquela satisfação de ver o cliente usando o produto!
Como podemos ver os métodos ágeis tem características fundamentais para permitir que as empresas consigam enfrentar os desafios dessa nova revolução e dos que ainda estão por vir. Não é a toa que mais e mais empresas estão adotando. Segundo pesquisa de 2016 95% das empresas pesquisadas utilizam práticas ágeis e 58% utilizam Scrum.